Pagani Huayra Pouco comentado, porém muito desejado, o superesportivo criado por um argentino chega aos 370 Km/h gplus
   

Pagani Huayra

Pouco comentado, porém muito desejado, o superesportivo criado por um argentino chega aos 370 Km/h

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A Argentina pode ser muito criticada por nós brasileiros por considerarmos nossos vizinhos arrogantes e, quando o assunto é futebol, não dá nem para começar o papo com os Hermanos. Porém, temos que admitir que, em algumas coisas eles são bons: como a chuleta argentina e aquelas loiras que nascem por lá. Mas quando o assunto é automobilismo, as viúvas de Maradona também têm do que se orgulhar.

Horácio Pagani nasceu na Argentina e desde pequeno gostava de desenhar carros. Aos 20 anos já tinha projetado seu primeiro modelo piloto de um de Fórmula 3. Aos 28 anos foi morar na Itália e se tornou engenheiro-chefe da Lamborghini, onde construiu seu primeiro conceito superesportivo usado pela montadora para criar suas linhas futuras como a famosa Diablo. Pagani então tentou convencer a Lamborghini a comprar máquinas para a produção de peças em fibra de carbono para a linha de automóveis e eles recusaram dizendo que “nem a Ferrari tem esse tipo de equipamento, a Lamborghini também não precisa de um”. Horácio continuou seu trabalho e em 1991 conseguiu créditos para comprar o maquinário para trabalhar com fibra de carbono, desligou-se da Lamborghini e criou em Modena uma consultoria onde atendia clientes como Ferrari, Daimler, Aprilia e desenvolvia peças também para a F1. Mas Horácio sempre gostou de desenhar, então em 1992 surge o Pagani. Seu primeiro modelo só veio às ruas em 1999, o Zonda que, na época já era um dos carros mais rápidos do planeta.

O Huayra – o nome atribuído ao Deus do vento – foi uma evolução natural com melhorias ao primeiro modelo da marca. As linhas foram modificadas, mas a pegada esportiva continuou forte nas veias dessa fera. O design do carro pode não agradar a todos os olhares, pois abusa das formas arredondadas, tanto por fora, quanto por dentro, mas o acelerador da máquina não deixa dúvidas para ninguém.

A carroceria é 100% fibra de carbono, resistente e extremamente leve. O motor vem de uma parceria entre Pagani e AMG, os responsáveis pelos motores de alto desempenho da Mercedes-Benz. Trata-se de um propulsor central, de 12 cilindros dispostos em V de 6.0 litros que, como se não bastasse, ainda conta com duas turbinas. Esse conjunto despeja para as rodas nada mais nada menos do que 710 cavalos.

A transmissão é montada atrás do motor, de maneira transversal e possui sete velocidades. Resultado? Pise no fundo e em meros 3,3 segundos verá o ponteiro do velocímetro chegar em 100 Km/h. Tem espaço e braço para pisar ainda mais? Então relaxe e deixe o ponteiro continuar subindo até atingir a velocidade máxima de 370 Km/h. Coisa de louco. Para estimarmos melhor: o Huayra pesa apenas 1350 Kg, isso garante uma relação peso/potencia na casa de aproximadamente 1,9 Kg por cavalo. É uma aceleração digna de moto esportiva!

Tudo que acelera, tem que frear. Para isso, não houve economia. Os discos são de cerâmica e carbono, como nos carros de corrida. O Huayra possui quatro flaps ajustáveis que trabalham de maneira independente e são acionados na hora da frenagem para melhorar a eficiência do conjunto. A suspensão é esportiva, garantia de curvas em alta, porém não prima pelo conforto dos ocupantes.

Outro charme do modelo, que foi inspirado na aviação, é a abertura de suas portas asas de gaivota para cima. O acabamento interno não deixa a desejar, muito alumínio e fibra de carbono estão expostos. Para fazer inveja a qualquer Ferrari, o Huayra conta com sistema de multimídia touch screen e conexão Bluetooth.

Gostou do Huayra? Que tal ser um dos primeiros a rodar com um desses nas ruas do Brasil? Sim você pode! Basta ter a bagatela de aproximados US$ 1,3 milhão mais impostos. É um carro raro, para poucos, mas que, com certeza, se destaca entre os mais violentos do mundo e não faz feio pra nenhum superesportivo.