Reparos automotivos que jamais devem ser feitos em postos de gasolina Os postos de gasolina irão (quase) sempre tentar tirar uma grana a mais dos motoristas gplus
   

Reparos automotivos que jamais devem ser feitos em postos de gasolina

Os postos de gasolina irão (quase) sempre tentar tirar uma grana a mais dos motoristas

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"Boa tarde, quer que dê uma olhadinha lá na frente?" Todo mundo com certeza já ouviu esse pergunta ao chegar em um posto de gasolina, e muita gente responde que sim, mas fique muito atento, nesse caso sua resposta sempre deve ser não! Com raríssimas exceções, deixar o frentista olhar o óleo, fluído de freio e outros elementos do carro não é uma boa ideia. O posto de gasolina foi feito para abastecer e calibrar os pneus - e mesmo esse ato requer um cuidado especial. 

Vamos explicar com mais detalhes o porque disso durante o texto, mas tenha algumas coisas em mente quando for a um posto: o frentista pode ver inúmeros carros por dia, analisar vários deles, mas ele não é a pessoa ideal para ver se o seu veículo está em bom estado, a melhor pessoa para tal é um mecânico especializado (o melhor dos mundos é ir sempre no mesmo, para adquirir um laço). Mas o mais importante de tudo é que seu carro não está em um momento propício para dar aquela "olhadinha".

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Agora confira os principais erros que as pessoas cometem ao deixar os frentistas mexerem em seu carro:

1. Óleo do motor

Esse é, de longe, o erro mais comum que as pessoas cometem no posto de gasolina. E muito dinheiro vai embora nessa brincadeira. Um detalhe que muita gente não sabe é que quando você para no posto é "normal" o óleo não está na medida certa. Isso porque ele estava em movimento, portanto estava chacoalhando e a temperatura está alta, fatores que mudam a composição do óleo.

Além disso, a cor e viscosidade do óleo também se altera quando você roda com o carro. Ele se torna mais escuro e fino, isso porque estava fazendo a limpeza das peças do motor. O calor também pode ser responsável por tais alterações. Isso não quer dizer que o óleo está gasto. Por fim, jamais coloque um produto diferente do que é indicado no manual, mesmo que ele pareça melhor, o seu carro foi desenvolvido para rodar com um óleo específico, não use outro.

2. Calibrar pneu sem prestar atenção em alguns detalhes

Calma, não estamos falando para você não calibrar seus pneus no posto. Você deve sim! Mas tome cuidado com alguns detalhes. Primeiro, e mais importante de tudo, confira a calibragem certa para o seu carro, normalmente essa informação você pode encontrar em um adesivo colado na porta do motorista, caso não tenha, o manual irá lhe dizer o número correto.

Normalmente os frentistas se oferecem para fazer o serviço, e costumam receber uma caixinha por isso. Se você não quiser meter a mão na massa (ou na roda), sem problemas, mas cheque sempre que a calibragem está correta. Se você está rodando há um tempo, o ar dentro do pneu irá se expandir, o que pode fazer com que entre menos ar do que o necessário. O ideal é sempre calibrar logo após ligar o carro, pare no posto mais próximo e mande bala, para não ter nenhum erro de numeração. 

3. Completar o tanque até a boca

Outro erro extremamente comum é deixar encher o tanque até a boca. Arredondar o valor pode até parecer uma boa ideia, mas tenha em mente que encher o tanque além do seu limite é prejudicial ao carro. Acredite, não estamos fazendo tempestade em copo d'água, aquela primeira travada que a bomba dá, é a quantidade ideal de combustível que seu veículo precisa.

O problema é que quando enchemos mais do que o necessário, o filtro pode ser obstruído por conta da pressão negativa gerada no tanque. O filtro, normalmente, é feito de carvão e pode ser desgastado ao entrar em contato com a gasolina ou álcool. E não para por aí: por conta da falta de ar dentro do tanque do carro, o sistema acaba sendo obrigado a trabalhar mais e compensar a pressão lá de dentro. 

4. Fluido de freio

Esse é um dos erros mais graves que se pode cometer. JAMAIS complete (ou troque) o fluído de freio com um frentista! Esse fluido fica armazenado em um lugar totalmente fechado, portanto, a única maneira de seu nível não estar correto é se houver algum vazamento, e se esse for o caso, completar não irá solucionar o problema, afinal, o vazamento vai continuar. E quando isso acontece, o sinal de freio de mão ficará aceso no painel mesmo quando ele estiver solto. Quando isso acontecer, leve seu veículo imediatamente a uma oficina especializada, nada de posto de gasolina. É importante olhar no manual do carro a vida útil do fluido de freio, que costuma ser de 2 anos ou 10 mil km.

5. Alinhamento e cambagem das rodas

Ter as rodas do carro alinhadas com o volante é de suma importância para um bom funcionamento do veículo. Para isso existe uma máquina específica, capaz de identificar qualquer tipo de desalinhamento, e tratar esse problema com perfeição. Alguns postos até possuem essa máquina, e nesses casos, o reparo pode sim ser feito lá.

Mas tome muito cuidado com quem quiser te ''empurrar'' uma cambagem também. Os carros, com raríssimas exceções, rodam com cambagem neutra (que já vem de fábrica). Não faça esse serviço, a não ser que ele seja realmente necessário.

6. Qualquer produto no radiador sem ler o rótulo


Esse é outro serviço muito comum em postos, e que pode sim ser feito lá, mas com muito cuidado e atenção. O radiador precisa de certos produtos para funcionar bem e fazer seu papel de refrigeração, entretanto cada um possui uma especificação. Alguns precisam ser diluídos em água, outros já vem na concentração correta e basta colocá-los no lugar corretos, e em outros casos, seu veículo só precisa de água no radiador (esse último é um pouco mais raro).

Até aqui, tudo certo, o problema é quando colocamos o produto sem ler o rótulo, e isso pode fazer com que sejamos enganados. Como dito, existem alguns produtos que precisam ser diluídos com água, nesse caso, eles ocupam metade do reservatório, e a água a outra metade. Alguns frentistas vendem dois potes, com a intenção de ganhar mais dinheiro, e ainda por cima, isso não faz bem ao seu veículo.


Arthur Gabor