Para entender as origens do novo esportivo da BWM, é preciso passar por um dos ícones em termos de chassis para carros de alta performance. Em 1919, Ugo Zagato fundou na Itália a empresa que leva seu sobrenome para fabricar exclusivamente chassis. A intensão era fazer a estrutura do carro a mais perfeita possível. Zagato aprendeu seu ofício na aviação, onde a aerodinâmica e construções leves têm papel central para os projetos. Atualmente seus netos tocam a empresa, que ainda hoje tem fama por trabalhos indefectíveis. Alfa Romeo e Aston Martin são duas montadoras que já fizeram parcerias com a Zagato em modelos icônicos. E foi nessa fonte que a BMW foi beber para criar seus novos esportivos.
"Precisamos de muita agilidade de ambas as empresas na fabricação do modelo conversível, que levamos a uma exposição de carros exóticos na Califórnia. O trabalho em equipe foi excelente, só assim fomos capazes de terminar o carro dentro do cronograma", disse Adrian van Hooydonk, vice-presidente senior do BMW Group Design. Hooydonk disse isso porque após a apresentação do modelo fechado, a montadora alemã decidiu produzir o conversível e do projeto à conclusão do carro foram gastos menos de seis semanas de trabalho entre as duas montadoras.
Andrea Zagato, presidente da fabricante do chassi do modelo afirmou que "o sucesso em terminar o carro em um espaço tão curto de tempo mostra o que é possível quando duas empresas de sucesso partilham as suas fontes. A BMW é uma montadora de alta tecnologia com capacidade técnica enorme nesta área. Quando combinamos isso com a nossa experiência na criação dos chassis conseguimos produzir o BMW Zagato Roadster em tempo recorde".
Carro de essência esportiva, o Zagato vem com o teto baixo e, segundo a montadora, estabilidade inigualável. "Este carro não foi concebido apenas como um conversível elegante, mas também como um carro esporte masculino e extremamente dinâmico, que evoca uma experiência de condução poderosa", disse o chefe de designer da Zagato, Norihiko Harada.
Este coupé foi desenvolvido visando conduções em alta velocidade. Para tal, foi equipado com um motor 3.0 litros de seis cilindros empurrado por um turbo. A ficha técnica do modelo Coupé diz que ele rende 355 cavalos de potência. Já o Roadster, conversível, tem um tempero a mais: o turbo foi regulado com maior pressão e o sistema de exaustão foi redimensionado, o que deixa o carro com 400 cavalos de potência.
A base para fazer o Zagato foi o modelo Z4, porém os vincos bem marcados da carroceria que se alongam desde a frente, percorrem a lateral e invadem a traseira o diferem bastante do antigo esportivo alemão, assim como o interior, que também foi redesenhado. A esportividade não deixou de lado o conforto, já tradicional da marca. Por dentro, o Zagato leva couro bicolor: os bancos e detalhes do painel pretos contornados por uma tonalidade terra, também em couro. Isso é para que, com a capota aberta, as linhas agressivas do exterior do carro não “ofusquem” os detalhes do acabamento interno.
Outro fator que a BMW se empenhou na construção do carro foi a tinta utilizada para pintá-los, que reage à luz de maneira com que ele mude o tom de sua cor, de acordo com o ângulo de visão. As rodas instaladas são de 19 polegadas feitas em liga leve. A BMW ainda não produz os modelos em série, com isso, o valor não foi divulgado e nem sua chegada em solo brasileiro.