A novidade mais importante da Volkswagen para o ano que vai nascer promete prolongar a hegemonia da linhagem Golf como líder da categoria hatch médio. Em resposta à concorrência acirrada de marcas como Hyundai, Toyota, Honda e Kia, a fabricante alemã irá apostar na sétima geração de seu modelo mais vendido até agora em 2013.
Mais baixo que a versão anterior, o Golf 7 mantém o perfil característico da linhagem, enquanto a largura e a distância entre-eixos ganharam alguns discretos centímetros. A mudança mais drástica ocorreu na traseira, onde um vinco transversal agora une as lanternas. Segundo o site da Quatro Rodas, o detalhe remonta outros trabalhos de Walter de Silva, chefe de design no Grupo Volkswagen, da época em que ele projetava para a Alfa Romeo.
A primeira vez que os brasileiros viram um Golf circulando pela cidade foi em 1995, mas, na Europa, o carro da Volkswagen já fazia sucesso quase 20 anos antes. Não é por acaso que o lançamento vem despertando certa tensão no mercado automotivo: no velho continente, a cada quatro veículos vendidos pela marca, um é Golf.
"Quando vamos substituir o Golf, temos a obrigação de repeti-lo sem que seja apenas uma repetição. É como uma partitura que está escrita, mas que muda segundo quem a interpreta", declarou ele à revista.
O fator-chave para fazer um Golf melhor foi a redução de 100 kg no peso e o custo inferior de produção -- possível através da Matriz de Módulo Transversal (MQB, em alemão). A nova plataforma tipo Lego vai servir para uma enorme variedade de modelos do grupo (VW, Audi, Skoda e Seat).
A configuração contempla três tipos de motores diesel: 1.6 TDI com 105-110 cv de potência, e o 2.0 TDI (150 cv). Já as opções à gasolina trazem o 1.2 TSI de 85 cv ou 105 cv, o tradicional 1.4 de 122 cv e o novo motor 1.4 de 140 cv. O grande diferencial deste último é o sistema ACT, que desativa os cilindros -- algo nunca visto antes num motor deste porte.