Top 10: carros fracassados no Brasil Sabe aquele carro que você não passa pra frente nem com reza brava? Tudo tem uma explicação. gplus
   

Top 10: carros fracassados no Brasil

Sabe aquele carro que você não passa pra frente nem com reza brava? Tudo tem uma explicação.

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Homem brasileiro é apaixonado apenas por quatro coisas: mulher, cerveja, futebol e carro - o resto é provavelmente derivado disso. Quem nunca parou em volta de um capô para dar aquela sacada no motor, não sonhou com aquele rodão aro 18 para seu bólido ou simplesmente passeou por um feirão de carros usados, procurando aquele que seria seu primeiro carro da vida? Se esse é o seu caso, relembre aqueles modelos que eram a bucha do bairro – já se esse não é seu caso, nunca é demais conhecer os dez modelos os quais você deve fugir.

10. Troller Pantanal
Lançado em 2006 no Brasil, o Troller Pantanal vendeu até 2008 só 77 unidades. Além disso, o veículo era tão mal produzido que um recall foi anunciado pela Ford (que compraria a Troller), afinal o chassi poderia simplesmente trincar e dividir a cabine da caçamba – ou seja, era o carro que de tão descartável poderia até mesmo desmontar no meio do caminho. Para quem quisesse ver o dinheiro de volta, era só pedir para a Ford, que usaria o modelo como sucata. Logo, o Troller Pantanal foi um típico caso de um carro de série que virou um modelo exclusivo, quase aos moldes das McLaren's F1 – só que ao contrário.

9. Seat Ibiza/Córdoba
A marca espanhola deve ter ficado na memória de nove em cada dez fanáticos por carros pelo triste fato de seus dois modelos que vieram ao Brasil (Ibiza e Córdoba), estavam sempre "abandonados" no meio de alguma concessionária VW. Mas, apesar de considerado um grande mico de vendas da indústria automobilística brasileira, os carros da Seat não eram nem um pouco ruins. Muitos dizem que eles eram inclusive melhores que toda a frota da VW, que teria justamente colocado o projeto para escanteio para não desmoralizar sua própria linha. Com peças demasiadamente caras para manutenção, poucos se arriscaram na marca - a não ser os "boyzinhos", que viram no belíssimo esportivo um modelo bom para "estilingar". Mas, juntar boyzinho e carro de manutenção cara só pode dar em ferro velho.

8. Gurgel
Não é discurso de nacionalista, mas a Gurgel só não deu certo por causa do Brasil – mais precisamente, da falta de incentivo do Governo à indústria do recém falecido João Augusto Conrado do Amaral Gurgel. Afinal, em seu auge, meados da década de 80, o Gurgel era um carro famoso por ser muito sólido e consistente (ou seja, durável), e barato, uma vez que por ser 100% nacional tinha menos impostos embutidos no preço. Em termos de design, era um carro diferente (ou feio mesmo). Boa de vendas por muito tempo, a Gurgel sofreria uma série de revezes, como o IPI zero de Fernando Collor de Melo a todos os carros 1.0 e uma greve de funcionários que acabou com a crescente da fábrica, entre 1991 e 1992. Logo em 1993 o sonho do carro brasileiro acabou.

7. Ford Mondeo
Ninguém tinha dúvidas de que o Mondeo era um baita de um carrão, daqueles que nossos pais sonhavam em ter. Afinal, ar condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricas, câmbio automático, teto solar, air bag, motorzão... só havia um problema: todo esse luxo tinha um preço. Em uma época lendária à Volkswagen com seu Gol segunda geração, acessível ao público de classe média, o Mondeo se restringiu ao mercado Classe A (que na época babava por um Omega). Mais tarde, viriam outros grandes importados para suprir o desejo por luxo – deixando até mesmo o Omegão para trás – fazendo com que o Mondeo fosse um fracasso de vendas. A situação piorou na segunda geração e o modelo entrou em "hiato".

6. Dodge Polara
Há quem nunca tenha visto pessoalmente um Dodginho na vida. Não é para menos, pois um carro no Brasil que cai na lista negra da boca do povo tem poucas chances de se recuperar. Lançado em 1973 por aqui, o carro era uma verdadeira bucha. Motor fraco, câmbio frágil, freios falhos e manutenção ineficiente. Pronto, vai para o brejo um projeto que tinha tudo para dar certo. Afinal, o Polara nasceu de uma família rica e popular, nos quais seus primos Dart e Charger eram o sonho de qualquer um. Mas, o Dodginho não passou de um primo pobre e eternamente doente. Quando dava sinais de que poderia deslanchar, a Chrysler decidiu picar a mula do Brasil. Que fase, Polara!

5. Lada Laika
Quando um carro vira sonho de qualquer colecionador é um sinal claro de que este modelo está caminhando a passos largos da extinção. E a extinção na maioria das vezes acontece com grandes fracassos de venda ou com modelos que não tenham manutenção financeiramente muito acessível. Caso clássico do Lada Laika, um carro histórico no país, importado entre 1990 e 1995. Não se pode dizer que foi um insucesso completo de vendas, uma vez que era bastante barato para os padrões da época, mas que contou com um grande mico: não estava pronto para a gasolina nacional, que conta com o famoso "migué" dos 25% de álcool diluído. Os taxistas se arrependeram das compras e os poucos Laikas viraram artigos de museu.

4. Daewoo
Nem Hyundai, nem Kia. A primeira marca coreana que realmente pintou com força no Brasil com intenções de conquistar nosso mercado foi a Daewoo. Mas, do mesmo jeito que veio, foi: sem deixar nenhuma grande lembrança. A grande aposta da montadora era com o sedã médio Espero. Mas, concorrer com Vectra e Omega era pretensão demais, principalmente para um carro coreano (na época muito diferente dos i30 de hoje, mais bem construídos e que hoje infestam o trânsito). Encontrá-lo virou raridade e mesmo quando é encontrado, é vendido a preços baixos. Como passá-lo pra frente é uma tarefa quase impossível, ninguém mais se arrisca a entrar nesta verdadeira barca furada.

3. Ford Courier
Nenhuma picape conseguiu ser tão fraca em vendas no Brasil quanto a Ford Courier, que nunca passou de um Ford Fiesta com caçamba. E pior, sua "mãe", a Pampa, entregou o bastão como líder em vendas. Hoje ninguém discute que Fiat Strada, VW Saveiro e Chevrolet Montana dominaram o mercado e  há quem diga que é mais fácil achar uma Pampa nas ruas que uma Courier. Enfim, pequena demais para ser burro de carga e dona de design demasiadamente velho para vender ao público jovem, a Courier caminha a passos largos para sumir (mesmo não tendo saído de linha). A primeira geração já virou figurinha difícil.

2. Chevrolet Veraneio
O pai da Chevrolet Blazer tinha tudo para deslanchar quando foi lançado no Brasil em 1964. Uma SUV grande, robusta, boa para trabalhos pesados e para toda a família, uma vez que acomodava seis pessoas com conforto. E apesar do veículo ter tido vida longa, quem comprou uma logo se arrependeu, afinal o carro ficaria famoso como Camburão, por formar o temido esquadrão da primeira geração da Rota de Paulo Maluf. E quando não era carro de Polícia, a Veraneio virava ambulância. As piadas eram inevitáveis e prova que a Veraneio não caiu no gosto do povo é que encontrar uma hoje em dia é uma dura tarefa. O mesmo ocorreu hoje com a Blazer, que chegou para concorrer com a febre Cherokee e logo bombou quando foi lançada, mas quando virou Rota de novo, simplesmente sumiu.

1. Autolatina
Você já imaginou o dia em que duas montadoras diferentes fariam "o mesmo" carro? Algo do tipo Ford Gol ou Volkswagen Ka? Pois, saiba que apesar de algumas diferenças estruturais, isso já aconteceu entre 1987 e 1996. E, para dizer a verdade, até que durou muito a joint venture de Volks e Ford, uma espécie de cooperação técnica e logística entre grandes empresas que visam aumentar ainda mais o domínio sobre a concorrência. Quem nunca passou anos sem conseguir notar a diferença entre os modelos híbridos Ford Verona ou Volkswagen Apollo, ou um Ford Versailles e uma Volkswagen Santana? Dizem as más línguas que a parceria salvou a Ford no Brasil e queimou o filme da Volks, tão popular por aqui. Isso porque os carros Frankenstein dessa geração da Autolatina não eram muito confiáveis e a má-fama de "carro de oficina" pegou. Além de salvar a Ford, a Fiat ganhou força na época, com as vendas de seu Fiat Uno, que seria por muitos anos um carro sem concorrentes diretos nos modelos mais populares. Um mico sim.

E aí, faltou algum modelo que para você é inesquecível? Comente e o faça ser assunto novamente!